Os estudos e experimentos nacionais sobre o solo-cimento desde a década de 70 se configuram como o principal quadro de referências técnicas, normativas e laboratoriais para os construtores com terra brasileiros, e foram também importantes para esta intervenção de restauro na igreja Matriz Nosso Senhor Bom Jesus do Livramento. Usamos aditivos minerais, fibras sintéticas, procedimentos metódicos para o apiloamento, mistura de solos e alteração de plasticidade, entre vários outros recursos tecnológicos na concepção do que denominamos de Super-Taipa.
Casarão Pau Preto
O restauro de TAIPAS Históricas no Brasil (de pilão e de mão) contam com raras referências documentadas ou publicadas.
Por outro lado, os estudos e as experiências nacionais e estrangeiras sobre construções com terra crua estabilizada com cimento (o solocimento), desde os anos 70, se configuraram como o principal quadro de referências comparativas (técnicas, normativas e laboratoriais) que utilizamos em nosso trabalho para o restauro do conjunto do Casarão Pau Preto na cidade de Indaiatuba.
Considerado o mais importante patrimônio arquitetônico de Indaiatuba, o Conjunto Histórico Casarão Pau Preto ,foi construído no século XIX com emprego de mão de obra escrava na construção das paredes de TAIPA DE MÃO (pau a pique) e TAIPA DE PILÃO.
Casarão Pau Preto
Edificação residencial originalmente construída com técnicas de taipa de pilão, taipa de mão, e alvenarias parciais de pedra e tijolos, sofreu nos últimos anos inúmeras alterações como por exemplo, a disposição de vários tipos de pisos (cerâmicos e assoalhos de madeira), forros em diversas configurações, introdução de sistema reticulado de vigas-percintas e pilares para compor novos apoios estruturais em ambientes centrais e instalação de redes hidrosanitárias para configurar sanitários. O telhado possui diversos planos de águas, tendo a principal cumeeira paralela à fachada principal; em todos os deságües encontramos um beiral projetado, sempre com as telhas cerâmicas de capa e canal. O telhado foi completamente alterado. O edifício, articulado em uma planta térrea com disposição de pavilhões estendidos em profundidade, possui um amplo jardim posterior, com inúmeras árvores, arbustos e outras edificações.
Tulha
Contígua ao Casarão Pau Preto, a Tulha, como é denominada ainda hoje, é uma construção que perdeu grande parte de sua área edificada, como nos atestam fotografias históricas divulgadas pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. Composta por alvenaria estrutural de tijolos, com pilares engastados e destacados para apoio das extremidades longitudinais das tesouras do telhado.A Tulha atual não possui platibanda, e possui um entablamento superior muito característico das construções industriais do final do século XIX e início do XX. Os caixilhos originais de madeira foram em parte substituídos por outros de perfil metálico com planos de vidro nos requadros. O pavimento hoje recebe peças cerâmicas dispostas diagonalmente. O telhado, composto por uma estrutura de madeira, tem em suas tesouras longitudinais a aplicação de perfis recentes paralelos às escoras dos pendurais. Encontramos também uma barra metálica com a função de tirante entre as paredes frontal e posterior, junto á estrutura muraria de uma das paredes longitudinais.
Conceitos deste Restauro
a) Preservar ao máximo os sistemas construtivos originalmente empregados e as características originais da arquitetura do Casarão Pau Preto e da Tulha e entorno;
b) Obter a plena estabilidade estrutural das construções para garantir a segurança e bom uso de seus espaços;
c) Promover intervenções reversíveis, que permitam a sua substituição ou retirada de peças ou componentes no futuro sem danificar ou descaracterizar o edifício e seu conjunto;
d) Valorizar as configurações originais do edifício histórico tombado, através da aplicação de procedimentos de manufatura, seleção de materiais e definição das novas estruturas compatíveis com as características físicas, químicas e estéticas do original;
e) Certificar-se da estabilidade dos fatores ambientais (sub-solo, vegetação, drenagem, trânsito) para sejam controlados e não causem maiores danos ao conjunto arquitetônico do Pau Preto.
Com este Restauro do Casarão Pau Preto apresentamos procedimentos técnicos novos , bem diferentes dos parâmetros adotados a partir dos anos 40 no Brasil , quando grande número de intervenções em edifícios históricos construídos com a taipa de pilão, utilizou-se sobretudo o concreto armado. Este Restauro do Casarão Pau Preto proporciona uma revisão dos procedimentos técnicos de restauro arquitetônico quando o tema é a Arquitetura Histórica Construída com Terra, sistemas construtivos tão significativos para a história da nossa cultura material.
Projeto de Intervenção e Escoramentos
Projeto de Consolidação Estrutural
1. Conjunto do Casarão Pau Preto:
Caracterização
A perícia realizada no dia 20 de maio de 2013 ao conjunto edificado do Casarão Pau Preto, localizado à rua Pedro Gonçalves 447, Indaiatuba, não esquecendo o laudo já realizado por nós em junho de 2006 para a Fundação Pró-Memória, nos permitiu compreender os seguintes aspectos da situação:
a) Casarão Pau Preto Edificação residencial originalmente construída com técnicas de taipa de pilão, taipa de mão, e alvenarias parciais de pedra e tijolos sofreu nos últimos anos inúmeras alterações como, por exemplo, a disposição de vários tipos de pisos (cerâmicos e assoalhos de madeira), forros em diversas configurações, introdução de sistema reticulado de vigas e pilares para compor novos apoios estruturais em ambientes centrais, instalação de redes hidrosanitárias para configurar sanitários. O telhado possui diversos planos de águas, tendo a principal cumeeira paralela à fachada principal; em todos os deságües encontramos um beiral projetado, sempre com as telhas cerâmicas de canal. O telhado foi completamente alterado. O edifício, articulado em uma planta térrea com disposição de pavilhões estendidos em profundidade, possui um amplo jardim posterior, com inúmeras árvores, arbustos e outras pequenas edificações.
b) Tulha Contígua ao Casarão Pau Preto, a Tulha, como é denominada ainda hoje, é uma construção que perdeu grande parte de sua área edificada, como nos atestam fotografias históricas divulgadas pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba. Composta por alvenaria estrutural de tijolos, com pilares engastados e destacados para apoio das extremidades longitudinais das tesouras do telhado, a Tulha atual não possui platibanda, e possui um entablamento superior muito característico das construções industriais do final do século XIX e início do XX. Os caixilhos originais de madeira foram em parte substituídos por outros de perfil metálico com planos de vidro nos requadros. O pavimento hoje recebe peças cerâmicas dispostas diagonalmente. O telhado, composto por uma estrutura de madeira, tem em suas tesouras longitudinais a aplicação de perfis recentes paralelos às escoras dos pendurais. Encontramos também uma barra metálica com a função de tirante entre as paredes frontal e posterior, junto á estrutura muraria de uma das paredes longitudinais.
Existe ainda no local trechos do muro demolidos que compunham a volumetria original da Tulha.
2. Critérios Gerais para o Projeto de Consolidação em caráter emergencial.
A “intervenção emergencial” em um monumento histórico edificado tem como objetivos gerais as seguintes ações:
a) Obter a plena estabilidade estrutural do edifício e/ou das estruturas arqueológicas nas áreas em risco, evitando assim maiores perdas ou riscos de arruinamento que podem atingir outras construções e transeuntes; caso as intervenções para a plena segurança demandem um projeto completo de restauro, é indicado o escoramento preventivo e a limitação de uso de espaços (internos, externos) em acordo, inclusive, com a Defesa Civil da Cidade;
b) Identificação e controle de todos os agentes biológicos de depreciação de estruturas e superfícies (pragas urbanas, vegetação, fungos e liquens, etc.), promovendo desinfestações, limpezas e retiradas seguindo protocolos específicos de procedimentos e uso de produtos químicos;
c) Revisão completa das instalações (elétrica, hidrosanitárias, etc.) e os seus respectivos mecanismos de funcionamento e controles, cancelando partes dos sistemas que ofereçam riscos para a área de intervenção, dentro dos parâmetros técnicos das normas da ABNT;
d) Restrição de acesso às áreas em risco de desabamento com os seus escoramentos provisórios;
e) Revisão de todo o sistema de drenagem de águas pluviais na área do bem cultural edificado, com o objetivo de facilitar o escoamento e evitar áreas de infiltração concentrada ou saturação de umidade no solo;
f) Esvaziamento completo de áreas e andares do edifício, principalmente suas funções de ocupação humana, situação que deverá ser mantida até a conclusão das ações emergenciais;
g) Retirada de peças e componentes que estejam desprendidos ou com o engaste comprometido nas estruturas murarias, e respectivo armazenamento para utilização em futuro trabalho de restauro;
h) Definição de um ambiente na própria edificação com a função de depósito seguro para todos os materiais, corpos de prova, resíduos significativos e componentes artísticos destacados, numerados e com respectivo laudo individual de estado de conservação no período de armazenamento;
i) Documentação fotográfica de todas as etapas de trabalho;
j) Elaboração dos documentos técnicos durante os trabalhos emergenciais (Relevo Arquitetônico; Memorial de Conclusão dos Trabalhos Emergenciais);
k) Difusão dos resultados obtidos por meio de internet, publicações, cartilhas, etc.
3. Conceitos Específicos para o Projeto de Consolidação em caráter emergencial.
a) Preservar o sistema construtivo e as características originais do Casarão e da Tulha do Pau Preto;
b) Obter a plena estabilidade estrutural das construções, para garantir segurança e bom uso de seus espaços;
c) Promover intervenções reversíveis, que permitam a sua substituição ou retirara de peças ou componentes no futuro sem danificar ou descaracterizar o edifício e seu o conjunto;
d) Valorizar as configurações originais do edifício histórico tombado, aplicando processos de manufatura, materiais e estruturas compatíveis com suas características físicas, químicas e estéticas;
e) Certificar-se da estabilidade dos fatores ambientais (sub-solo, vegetação, drenagem, trânsito) para sejam controlados e não causem danos ao conjunto arquitetônico do Pau Preto.
4. Dinâmica do Sinistro no Conjunto Pau Preto e Patologias Decorrentes.
De acordo com as informações colhidas junto à Fundação Pró-Memória e Técnicos da Prefeitura Municipal de Indaiatuba, durante a vistoria de 20 de maio de 2013, houve por duas ocasiões o rompimento de tubulação de água potável, instalada no subsolo da região frontal do conjunto Pau Preto (fevereiro e abril de 2013 respectivamente), cuja respectiva vazão originou problemas de recalques nas fundações, inicialmente da Tulha e depois do Casarão Pau Preto.
Ainda segundo essas mesmas fontes, foram promovidos entre março e abril de 2013 serviços de reforço estrutural nas fundações das fachadas do Casarão e da Tulha, com o objetivo de estabilizar os respectivos recalques nas alvenarias de Taipa de Mão e de Tijolos.
Em nossa visita de 20 de maio de 2013 pudemos constatar a instabilidade estrutural de algumas áreas do Casarão e da Tulha, presença de quadros fissurativos lineares bifurcados (o que evidencia movimentos de recalque) e algumas prumadas evidentemente desalinhadas.
Tais patologias foram identificadas sempre em função do sinistro de fevereiro e abril de 2013.
5. Proposta de Projeto para Consolidação Estrutural do Conjunto Pau Preto em função do sinistro de fev. 2013.
FASE 1 - CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO
- Avaliação detalhada de todos os componentes estruturais e de vedação;
- Levantamento de todos os dados dimensionais para avaliação estrutural de segurança de todo o conjunto;
- Documentação fotográfica completa do estado atual antes das intervenções;
- Análise laboratorial para identificação dos traços de rebocos e demais argamassas minerais empregadas nas estruturas e vedações;
- Levantamento Técnico gráfico de toda a fachada da Casarão e da Tulha para a rua Pedro Gonçalves (dimensional, registro das patologias, caracterização de materiais, revestimentos e estruturas).
- Avaliação e caracterização do solo: coeficiente de compactação, de teor de umidade, sempre próximo às fachadas frontais do Casarão e da Tulha (prospecções geotécnicas);
FASE 2 - DESMONTAGENS, REMOÇÕES E LIMPEZAS
- Desmontagem dos caixilhos;
- Remoção de rebocos sem engaste nas alvenarias;
- Remoção de peças danificadas das estruturas de taipa de mão;
- Desmontagem parcial do telhado na área de intervenção;
- Documentação fotográfica de todas as etapas dessa Fase.
FASE 3 - PROJETO E APROVAÇÃO INSTITUCIONAL
- Elaboração do projeto de consolidação estrutural (peças a serem substituídas, restauradas ou reforçadas na taipa de mão e na alvenaria de tijolos; eliminação das lacunas; obtenção das prumadas corretas de alvenarias e de caixilhos; projeto de recuperação dos caixilhos);
- Elaboração do Projeto de Escoramento e do Canteiro de obras;
- Elaboração de planilha básica de custos;
- Apresentação dos Projetos junto à Secretaria de Obras do município e Secretaria de Cultura;
- Apresentação dos Projetos junto à Fundação Pró-Memória;
FASE 4 - EXECUÇÃO DA CONSOLIDAÇÃO ESTRUTURAL
- Montagem do canteiro de obras;
- Consolidação das estruturas de Taipa de mão e de pilão;
- Consolidação das alvenarias de tijolos;
- Instalação dos caixilhos restaurados;
- Restauro das lacunas dos rebocos e de alvenaria de vedação;
- Remontagem do telhado na área de intervenção;
- Aplicação de pintura nos rebocos das alvenarias de taipa;
- Aplicação de hidrorrepelente nas alvenarias de tijolos aparentes;
- Execução de novo pavimento da calçada;
- Desmontagem do canteiro de obras e limpeza final;
- Documentação fotográfica de todas as etapas dessa Fase.
6. Divulgação dos trabalhos de Consolidação e Restauro
Considerando a importância patrimonial e histórica do Conjunto Pau Preto e a relevância dos trabalhos propostos de consolidação sugerimos a divulgação dos trabalhos pelos seguintes meios:
a) Instalação de um banner gigante didático, na frente do conjunto Pau Preto, durante as obras, para divulgar a iniciativa da Prefeitura e dos parceiros;
b) Palestras abertas ao público sobre a proposta e os resultados obtidos;
c) Site especial na Internet para divulgar o trabalho e os parceiros;
d) Publicação de uma cartilha sobre a preservação do Conjunto Pau Preto;
e) Disseminação de camisetas com a marca da iniciativa de preservação do Conjunto Pau Preto, usadas sobretudo pelos operários da obra;
f) Montagem de uma exposição itinerante por Indaiatuba (para escolas, shoppings, etc.) sobre a preservação do Casarão Pau Preto.
Fotos
Artigos
Matadouro Tatui
Arquitetos responsáveis do restauro: Veridiana Petinelli e Eduardo Salmar
Matadouro Tatui
Metodologia de Restauro
Critérios e Procedimentos de Intervenção Emergencial
A “intervenção emergencial” em um edifício histórico tombado tem como objetivos gerais as seguintes ações:
a) Obter a plena estabilidade estrutural do edifício e/ou das estruturas arqueológicas nas áreas em risco, evitando assim maiores perdas ou riscos de arruinamento que podem atingir outras construções e transeuntes; caso as intervenções para a plena segurança demandem um projeto completo de restauro, é indicado o escoramento preventivo e a limitação de uso de espaços (internos, externos) em acordo, inclusive, com a Defesa Civil da Cidade;
b) Identificação e controle de todos os agentes biológicos de depreciação de estruturas e superfícies (pragas urbanas, vegetação, fungos e liquens, etc.), promovendo desinfestações, limpezas e retiradas seguindo protocolos específicos de procedimentos e uso de produtos químicos;
c) Revisão completa das instalações (elétrica, hidrosanitárias, etc.) e os seus respectivos mecanismos de funcionamento e controles, cancelando partes dos sistemas que ofereçam riscos para a área de intervenção, dentro dos parâmetros técnicos das normas da ABNT;
d) Restrição de acesso às áreas em risco de desabamento com os seus escoramentos provisórios;
e) Revisão de todo o sistema de drenagem de águas pluviais na área do bem cultural edificado, com o objetivo de facilitar o escoamento e evitar áreas de infiltração concentrada ou saturação de umidade no solo;
f) Esvaziamento completo de áreas e andares do edifício, principalmente suas funções de ocupação humana, situação que deverá ser mantida até a conclusão das ações emergenciais;
g) Retirada de peças e componentes que estejam desprendidos ou com o engaste comprometido nas estruturas murarias, e respectivo armazenamento para utilização em futuro trabalho de restauro;
h) Definição de um ambiente na própria edificação com a função de depósito seguro para todos os materiais, corpos de prova, resíduos significativos e componentes artísticos destacados, numerados e com respectivo laudo individual de estado de conservação no período de armazenamento;
i) Documentação fotográfica de todas as etapas de trabalho;
j) Elaboração dos documentos técnicos durante os trabalhos emergenciais (Relevo Arquitetônico; Memorial de Conclusão dos Trabalhos Emergenciais);
Execução dos Trabalhos Emergenciais
Tais trabalhos emergenciais devem ser realizados por profissionais habilitados, públicos ou terceirizados.
Todos os trabalhos deverão ser documentados por fotografia e as anotações sobre situações novas encontradas e os procedimentos adotados deverão ser registrados em uma Caderno de Obras específico.
Fotografar antes, durante e depois dos trabalhos, para documentar todas as fases executivas, o estado atual e o estado posterior.
Escopo dos Projetos Técnicos
Diagnóstico;
1.) Relevo Arquitetônico (levantamento gráfico técnico contendo dados completos dimensionais, materiais, estruturais e das instalações);
2) Relevo e Identificação das Patologias;
Projetos Técnicos de Consolidação Estrutural:
1) Projeto de canteiro de obras;
2) Projeto de escoramento estrutural preventivo;
3) Projeto de Consolidação das vedações;
4) Projeto de Consolidação das alvenarias;
5) Projeto de Consolidação dos telhados
Projetos executivos:
1) Projeto de recuperação dos caixilhos;
2) Projeto de revisão da cobertura e dos forros;
3) Projeto de novos pavimentos internos;
4) Projeto de elétrica;
5) Projeto de hidráulica;
6) Projeto de revestimento e proteção das estruturas murárias;
7) Planilha de estimativa de custos.
4. Fases de desenvolvimento dos Projetos
Fase 1 - Caracterização e Diagnóstico
- Avaliação detalhada de todos os componentes estruturais e de vedação;
- Levantamento de todos os dados dimensionais para avaliação estrutural de segurança de todo o conjunto;
- Levantamento de instalações e infraestrutura do entorno;
- Documentação fotográfica completa do estado atual antes das intervenções;
- Análise laboratorial para identificação dos traços de rebocos e demais argamassas minerais empregadas nas estruturas e vedações;
- Levantamento Técnico gráfico (dimensional, registro das patologias, caracterização de materiais, revestimentos e estruturas).
- Avaliação e caracterização do solo: coeficiente de compactação, de teor de umidade, sempre próximo às fachadas frontais (prospecções geotécnicas);
Fase 2
- Desmontagens, Remoções e Limpezas
- Desmontagem dos caixilhos;
- Remoção de rebocos sem engaste nas alvenarias;
- Remoção de peças danificadas das estruturas;
- Verificação completa das condições dos telhados;
- Documentação fotográfica de todas as etapas dessa Fase.
Fase 3
- Projetos e Aprovação Institucional
- Apresentação dos Projetos junto à Secretaria de Obras do município e Secretaria de Cultura;
5. Fases previstas para execução de obras
- Definidas após execução dos projetos
Fotos
Fotos atuais
Igreja Bom Jesus do Livramento
Igreja Bom Jesus do Livramento
EDIFÍCIO CONSTRUÍDO ENTRE O FINAL DO SÉCULO XVIII E INÍCIO DO XIX, A MATRIZ DE BANANAL (ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL) SE APRESENTA COMO UM DOS BENS RELIGIOSOS EDIFICADOS MAIS SIGNIFICATIVOS NO CONTEXTO HISTÓRICO DO VALE DO PARAÍBA.
CONSERVANDO AS SUAS PAREDES ORIGINAIS DE TAIPA DE PILÃO, A MATRIZ BOM JESUS DO LIVRAMENTO É TAMBÉM UM EXEMPLO DAS DIVERSAS INICIATIVAS QUE, AO LONGO DE QUASE DOIS SÉCULOS, SE ACUMULARAM EM GOSTOS E PREFERÊNCIAS FORMAIS E ESTILÍSTICAS, AMPLIANDO E AFIRMANDO A FÉ DE SUA COMUNIDADE ATRAVÉS DA GRANDE ARTE DECORATIVA.
O MONUMENTO RELIGIOSO FAZ PARTE DO NÚCLEO HISTÓRICO TOMBADO PELO CONSELHO DE DEFESA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO ARQUEOLÓGICO E TURÍSTICO DO ESTADO, E, EM 23 DE JULHO DE 2005, UMA ÁREA IRREGULAR DE APROXIMADAMENTE 20 M², NA PARTE SUPERIOR DA PAREDE EXTERNA DA FACHADA LESTE DA MATRIZ DE BANANAL, PRÓXIMO À TORRE SINEIRA, RUIU INESPERADAMENTE.
A NECESSIDADE DE UMA INTERVENÇÃO DE RESTAURO DE UMA ESTRUTURA MURARIA EM TAIPA DE PILÃO, COM ESPESSURA MÉDIA DE 1.00 M. E ALTURA CHEGANDO A 9,40 M SE TORNOU UMA OCASIÃO PARA IMPLEMENTAR SOLUÇÕES QUE ACORDASSEM PROCEDIMENTOS TRADICIONAIS COM INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS.